domingo, 24 de abril de 2011

Das florestas para o Congresso



São dois cenários e uma só história: de um lado, Brasília. Do outro, a Amazônia. Enquanto deputados e representantes do agronegócio tentam derrubar o Código Florestal na Câmara dos Deputados, centenas de ribeirinhos, extrativistas e organizações que representam os povos da floresta estão na cidade de Parintins, no Amazonas, dando o que apelidaram de Grito da Floresta. Após estender uma faixa dizendo “Congresso, desliga a motosserra” no Bumbódromo, onde acontece a tradicional Festa do Boi-Bumbá, eles circularam ummanifesto pedindo o fim do desmatamento.

O protesto em Parintins faz parte do evento “Grande Encontro da Floresta, dos Povos e da Produção Sustentável”. Organizado por entidades do movimento social e ambiental que atuam na Amazônia, inclusive o Greenpeace, o encontro tem como meta fortalecer a conservação e a economia da floresta e marcar um pacto pela produção sustentável na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve presente.
O grito somou-se à manifestação de cerca de 3 mil agricultores de base familiar e pequenos produtores rurais em Brasília na semana passada, que foram ao Congresso para pedir a rejeição ao projeto de lei do deputado Aldo Rebelo que muda o Código Florestal. Os manifestantes também defenderam o desmatamento zero e exigiram tratamento diferenciadopara a agricultura familiar, dois itens que estão fora das propostas de mudança no Código Florestal encabeçadas pela bancada ruralista.
“Essa sequência de manifestações feita por pequenos produtores, familiares, ribeirinhos e extrativistas, mostra que quem vive da floresta não quer desmatamento”, diz Rafael Cruz, da campanha Amazônia do Greenpeace. “Sem florestas não há produção. A agricultura familiar – que leva mais de 70% dos alimentos para a mesa dos brasileiros – fica comprometida, já que é a floresta que garante o clima e as chuvas essenciais à produção.”
Contrárias às alterações no Código Florestal que abrem brecha para mais desmatamento, as organizações presentes no encontro de Parintins aguardam uma intervenção do governo. “Os deputados que representam o agronegócio já mostraram que preferem o caminho do tratoraço, e estão ignorando as demandas tanto da ciência quanto dos povos da floresta na discussão da lei”, aponta Cruz. “Esperamos que o governo cumpra seu papel democrático e faça valer o direito dessas comunidades. Qualquer medida que permita mais devastação é desastrosa para quem depende da floresta para se sustentar.”


Fonte: Greenpeace Brasil

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Desmatamento no Maranhão, Amazonas e em Rondônia preocupa governo.



Brasília – Entre agosto de 2010 e fevereiro de 2011, os primeiros meses do calendário oficial de desmatamento, a Amazônia perdeu 1.255 quilômetros quadrados de floresta. Em relação ao mesmo período do ano anterior, de agosto de 2009 a fevereiro de 2010, houve redução de 7% no ritmo de derrubada.
Apesar da redução geral e da queda do desmate no Pará e em Mato Grosso, tradicionalmente líderes no ranking de derrubadas, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que alguns estados estão na contramão da tendência de queda, tendo elevado as taxas de desmatamento.
O estado do Amazonas, por exemplo, registrou aumento de 91% no ritmo da derrubada. “Há um crescimento que permanece em estados como Rondônia, Amazonas e Maranhão, que começaram a aparecer continuamente como regiões de aumento de desmatamento”, disse hoje (6) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. O Acre e o Tocantins também registraram aumento, mas os números absolutos de desmatamento nesses estados são pequenos.
Segundo a ministra, o ministério vai convocar os governos estaduais para avaliar a situação dos estados que registram avanço do desmatamento. “Precisamos entender números, ser mais proativos e nos antecipar ao desmatamento”.
A antecipação das derrubadas também tem chamado a atenção do governo. Por causa do período de chuvas, a abertura de novas áreas geralmente começava em abril ou maio, início da estiagem na Amazônia, mas, este ano, esse processo foi antecipado, segundo a ministra. A novidade já levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a mudar a estratégia de fiscalização.
“As ações de caráter preventivo começaram a virar ações de caráter repressivo. Percebemos que o desmatamento está acontecendo mesmo no período de chuvas. É inovador. Estamos discutindo que dinâmica é essa que está adiantando o desmatamento”, disse.

Fonte: Revista Exame

A verdadeira história da ararinha-azul




A ararinha-azul do filme Rio, em cartaz desde o último fim de semana, tem sua versão na vida real.  Com algumas diferenças da ficção, claro, e infelizmente sem final feliz, a história do último exemplar da espécie na natureza ocorreu na década de 90, na caatinga.
Era um macho, vivia em Curaçá, no Sertão da Bahia, e não na exuberante Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Em agosto de 1994, um comitê internacional que se dedicava à conservação da espécie transferiu para o local uma fêmea de um criadouro particular do Grande Recife. Num enorme viveiro, onde permaneceu 7 meses, ela exercitou o vôo e comeu frutas da caatinga. Em março de 1995, ocorreu a soltura definitiva. Pouco tempo depois, a ararinha desapareceu, supostamente devorada por um gavião, sem nunca ter pareado com o macho. Acompanhei a transferência para Curaçá com o fotógrafo Alexandre Belém, para o Jornal do Commercio. Ele, na verdade, já estava “casado” com uma arara maracanã. É que os psitacídeos - grupo de aves integrado por araras, papagaios, periquitos e jandaias - costumam ser monogâmicos. A fidelidade é tanta que após a morte do parceiro o “viúvo” continua sozinho.
Em 2000, foi a vez do macho desaparecer. Hoje há ararinhas-azuis, conhecidas comoCyanopsitta spixii pela ciência, apenas em zoológicos e criadouros particulares como o Loro Park, das Ilhas Canárias (possessão espanhola na costa Africana), e o de um sheik do Catar, no Oriente Médio. No Brasil, apenas em São Paulo. A população cativa é estimada em 78 animais.
Na animação, o macho (Blu, criado pela livreira Linda numa cidade de Minnesota – EUA) é levado até a fêmea, Jade, que vive num centro de reabilitação de aves silvestres no Rio de Janeiro, sob os cuidados do ornitólogo Túlio Monteiro.  Blu, que nasceu no Rio, foi parar em Minnesota pelas mãos do tráfico de animais, o mesmo que dizimou a população nativa de ararinhas-azuis da caatinga. Como eu sei que a ararinha do filme é a mesma da caatinga? Além da semelhança, na cena em que Túlio se prepara para desfilar no sambódromo, ao lado de Linda,  ambos fantasiados de ararinha-azul, ele imita a ave  e diz se sentir um verdadeiro cyanopsitto spixii.

Algumas diferenças entre o filme e a história real

- As ararinhas-azuis viviam na caatinga, não na Mata Atlântica, como no longa-metragem americano dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha. 
- Na animação, a ararinha fêmea (Jade) é menor, mais clara e tem menos topete que o macho (Blu). Entre os psitasídeos, a regra é machos e fêmeas serem iguais, ou seja, não há dimorfismo sexual.
- Na tentativa de pareamento da “vida real”,  uma fêmea de um criadouro do Grande Recife foi levada até o macho,em Curaçá, no Sertão baiano. No filme, um macho cativo de Minnesota (EUA) é transferido para o Rio, para um criatório conservacionista da espécie.

- Os psitasídeos do filme falam e até latem. Na realidade, poucas espécies desses grupos reproduzem a voz humana. E a ararinha-azul (litte blue macaw em inglês) não está nessa lista.

Saiba mais sobre a espécie:
Ouça aqui a vocalização da ararinha.
Veja aqui imagens da ararinha-azul.  
Acesse o site do projeto de conservação da espécie (o trabalho de campo, no Curaçá (BA) está paralisado).  

Fonte: blog Ciência e Meio Ambiente

Vilhenenses são impedidos por Lei de usarem água das chuvas




O Código de Posturas do Município de Vilhena, que está embasando as ações do promotor Paulo Lermen quanto à organização urbana, contém um artigo curioso. Segundo a Lei Complementar 048, aprovada em 2001, nenhum imóvel que seja servido pela rede pública pode utilizar a água das chuvas para qualquer atividade. A proibição consta do artigo 27 do Código, nestes exatos termos: “Não serão permitidas a abertura e manutenção de reservatórios de captação de águas pluviais nos edifícios providos da rede de abastecimento de água (reuso de água não contemplado).

A legislação, que orienta sobre atividades diversas, é a que deu autoridade ao promotor Paulo Lermen para retirar ambulantes de áreas públicas. O MP também está determinando o recolhimento de placas de publicidades instaladas em áreas impróprias, outra proibição da lei.
Segundo um profissional da cidade, que é um dos maiores especialistas da cidade em questões urbanísticas, a legislação que impede a utilização de águas pluviais é um contra-senso. Hoje, lembra a fonte, que preferiu não ser identificado, a reutilização do líquido das chuvas é uma tendência moderna, pois ajuda a racionalizar o uso do produto.
Caso faça mesmo cumprir o que determina o Código de Posturas, o Ministério Público terá muita dificuldade para aplicar a recomendação do artigo 27. Isso porque praticamente todas as residências e estabelecimentos comerciais de Vilhena são abastecidos pelo Saae e muitos aproveitam as chuvas para encher reservatórios. O que não dá para entender é como e com que objetivo essa proibição foi aprovada. “Provavelmente copiaram a lei de outra cidade e, como a comunidade pouco participa das discussões para a aprovação de medidas que atingem a todos, isso acaba acontecendo”, avalia o profissional.

Fonte: FS




quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vamos discutir o carvão





Por Afonso Capelas Jr.

O Facebook é movido a carvão. Pois é, para manter no ar o site de relacionamento mais popular do planeta a empresa utiliza uma das mais arcaicas e porcas fontes de energia. Isto quer dizer que eu, você e mais 500 milhões de pessoas estamos – direta ou indiretamente – contribuindo para a emissão de altos índices de dióxido de carbono(CO2) e outros gases causadores do efeito estufa e das mudanças climáticas.
Para quem não sabe, usinas geradoras de energia a carvão são as mais poluentes que existem. Isto porque carvão nada mais é do que carbono em pedra. Quando queimado libera grandes quantidades de CO2 na atmosfera.
Muitos países ditos desenvolvidos, entre eles Estados Unidos e Inglaterra, além de outros em crescimento vertiginoso, como a China,  queimam toneladas de carvão todos os anos para iluminar cidades e colocar em funcionamento as indústrias que impulsionam suas riquezas. E o Facebook, instituição moderna e inovadora ainda não aderiu à energia renovável. Por isso, o Greenpeace fez, esta semana, um manifesto em frente à sede da empresa, nos Estados Unidos, protestando contra o uso desse tipo de matriz energética.
Você consegue perceber como influenciamos o mundo – para o bem ou para o mal – nas mais simples ações? Até mesmo para mandar um “Oi” para os amigos nas redes sociais.
Se você é usuário do Facebook e sentiu-se incomodado, vá à pagina que o Greenpeacecolocou, ironicamente no próprio site de relacionamentos, e proteste: diga que você não é amigo do carvão.

Ministério lança programas voltados para a saúde da população indígena





Brasília – Programas voltados para a saúde da população indígena, como o atendimento de gestantes, prevenção de câncer de mama e de colo de útero e da saúde bucal, foram lançados hoje (19) pelo Ministério da Saúde para comemorar o Dia do Índio.
O Rede Cegonha Indígena prevê ações que garantam atendimento seguro e humanizado a mulheres e crianças indígenas, desde a gravidez até os dois primeiros anos de vida do bebê. Entre as estratégias a serem adotadas está a da qualificação do pré-natal intercultural, por meio da capacitação de médicos, parteiras e cuidadores das medicinas tradicionais.
O Brasil Sorridente Indígena vai ampliar o atendimento odontológico nas aldeias. Serão investidos, inicialmente, R$ 40,7 milhões em ações. Entre elas, a contratação de profissionais de saúde, a aquisição de consultórios portáteis, de equipamentos de apoio e de material de consumo.
O Programa de Controle e Prevenção do Câncer de Colo de Útero Indígena e o Programa de Controle de Câncer de Mama Indígena devem ser implementados até o fim de 2012 em todos os 34 distritos sanitários de saúde indígena (Dsei). A estimativa do ministério é que cerca de 240 mil mulheres indígenas sejam assistidas.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 17 de abril de 2011

Desperdício de água no Hospital de Ji-Paraná



Durante o Programa Fala Rondônia (Rede TV) da semana passada, foi exibida matéria feita pela repórter Karina Quadros sobre a falta de água no Hospital Municipal de Ji-Paraná. Em sua matéria, a repórter denuncia a causa do problema: um vazamento de aguá, que foi resolvido precariamente no passado. Para continuar mantendo o atendimento, o Hospital recorreu ao Corpo de Bombeiros. Quando foi solicitar explicações para a direção do Hospital, a repórter obteve como resposta que o Diretor ainda desconhecia a problemática de sua unidade de saúde. 

*Esse caso revela que é preciso prefeitos e governo implementarem Programas de Gestão Ambiental em suas secretarias*


II Seminário Amazônico sobre Sequestro Florestal de Carbono e Mudanças Climáticas





O “II Seminário Amazônico sobre Seqüestro Florestal de Carbono e Mudanças Climáticas” que aconteceu nos dias 15 e 16 de abril, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), entre outros parceiros, contou com a participação de especialistas no assunto que abordaram o atual cenário das mudanças climáticas e suas conseqüências futuras para a Região Amazônica; bem como, as oportunidades para uma economia de baixo carbono na região.
Na abertura do Seminário, o presidente do Sistema FIERO, Denis Baú como representante da classe empresarial e industrial do Estado proferiu discurso enfatizando o apoio da instituição às iniciativas e ações empreendidas para a preservação da biodiversidade na Amazônia.

Este segundo Seminário cujas palestras foram ministradas no Auditório da Faculdade São Lucas, objetiva promover o intercâmbio e a atualização de informações sobre as Mudanças Climáticas e o Seqüestro Florestal de Carbono na Amazônia. Visando, subsidiar profissionais, empresários, agricultores e gestores públicos na tomada de decisões estratégicas. Bem como, refletir sobre a importância da economia de baixo carbono para o estado de Rondônia e para a Amazônia.

O Seminário vai reuniu especialistas de vários estados e ainda contou com a presença de representantes do governador Confúcio Moura, do prefeito Roberto Sobrinho, da Fundação Amazônia Sustentável , da Secretaria de Estado de Agricultura (SEAGRI/RO) , da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).  

A Programação incluiu palestras sobre os temas Desafios da Política Nacional de Mudanças do Clima; Regulamentação de Créditos de Carbono; Potenciais impactos sociais das alterações do Código Florestal Brasileiro na Amazônia; Perspectivas futuras para os Mercados de Carbono pós 2012; Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas - PNGATI e os projetos de carbono; Uso e preservação dos recursos hídricos: Natureza, entre outros.

Fonte: UNICOM FIERO

Governo estuda proposta para fabricar bola 100% ecológica





Um projeto para fabricação de bolas ecológicas para futebol e voleibol, que tem como matéria-prima o látex extraído dos seringais está sendo discutido no âmbito da Secretaria de Estado dos Esportes, da Cultura e do Lazer. O secretário Francisco Leilson ‘Chicão’, o secretário adjunto da Justiça, Zaqueu Vieira, o empresário Jaime Rodrigues e técnicos do governo se reuniram para discutir o projeto ecológico “Ecoball”, apresentado pela empresa paulista Ecológica Indústria e Comércio de Produtos de Látex.
O empresário explicou que o objetivo é chamar atenção para Copa do Mundo. “Imagine só a repercussão que iríamos ter se a bola da Copa fosse 100% brasileira, feita a partir de materiais renováveis e que não agridem o meio ambiente. Seria um ótimo marketing, principalmente para o nosso país que muitas vezes é notícia por conta do descaso com suas florestas” destacou.

Rodrigues quer produzir o material em Rondônia e afirma que a ação “garante o reflorestamento comercial, a geração de empregos diretos no meio rural, indiretos na cadeia produtiva do látex região Amazônica”. De acordo ele, a produção segue os padrões determinados pelas Federações Estaduais, Confederação Brasileira e a Federação Internacional de Voleibol.

Zaquel Viera viu no projeto uma forma de trabalhar a ressocialização nas penitenciárias do Estado. “Temos em Porto Velho o Pintando a Liberdade e em Ji-Paraná um projeto onde os detentos já fabricam bolas, só que com laminado flexível. Agora queremos afinar essa proposta para que a fabricação seja 100% ecológica”, disse o secretário da Sejus.

O titular da Secel, Chicão, acredita que parcerias entre as secretarias estaduais e municipais são a melhor forma de executar o projeto. “Essa é uma ótima proposta, que vai beneficiar toda população. Trabalharmos os cuidados com o meio ambiente e ainda a ressocialização dos apenados é o tipo de ação que se encaixa nas ideias do governo Confúcio Moura” afirmou.

A gerente de Esportes, Rose Rivero, lembrou que já estão no fim os preparativos para colocar os aparelhos desportivos do Estado em funcionamento. “Poderíamos utilizar as bolas para fazer um teste e em seguida produzir um relatório sobre a viabilidade do material, uma resposta que deve favorecer ambas as partes, pois além dos fabricantes poderem aprimorar a produção vamos ter a comprovação da funcionalidade do material na prática” declarou.

Ao final do encontro o secretário da Secel solicitou a oficialização do projeto e sugeriu ainda o estudo para a produção de tatames, piso emborrachado, saco de box, raquete de tênis de mesa entre outros produtos para prática esportiva.


Fonte: DECOM - Departamento de Comunicação Social

Placas de advertências são colocadas em unidades de conservação





A Prefeitura de Porto Velho iniciou este mês a colocação de placas educativas e advertivas nas unidades de conservação existentes na área urbana da capital, como áreas verdes e Áreas de Proteção Permanente (APP). Ao todo, a previsão é de que sejam colocadas 72 placas em toda cidade. Os locais escolhidos são aqueles alvos das denúncias feitas pela população à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema). 


De acordo com a chefe da Divisão de Educação Ambiental da Sema, Camila Azzi, a medida tem por objetivo evitar a antropomização dessas áreas, ou seja, que elas sejam invadidas e passem a sofrer uma agressão maior com as ações de degradação que geralmente ocorrem quando há ocupação irregular nas unidades de conservação. “Queremos com essa medida garantir para as futuras gerações de portovelhenses, esses espaços ecológicos, que é também uma forma de assegurar à população uma melhor qualidade de vida. A sociedade está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. E reverter esse quadro é fundamental para o despertar da conscientização ecológica”, disse.

No entanto, ela adiantou que nem sempre é possível dar essa garantia à população. É que com o crescimento populacional desordenado da cidade por causa dos grandes empreendimentos em andamento no município — construção das usinas hidrelétricas, viadutos, casas populares — muitas dessas áreas passaram a ser invadidas. Uma constatação foi feita durante ação no bairro Três Marias, no mapa da Sema consta a existência de uma área verde no bairro. Ao chegar lá, Marcela Azzi e a equipe da secretaria verificaram que a UC já está praticamente toda ocupada por residências. “Infelizmente essa é uma ocorrência frequente. A medida adotada pela prefeitura, quando é constatado esse tipo de irregularidade, é a notificação do invasor para que ele saia da área. Ocorre que, quando ele sai, aparece outro invasor. Por isso a fiscalização tem que ser constante para evitar essas ocupações”, disse. 

Com a identificação das UC com a colocação das placas, a chefe da Divisão de Educação Ambiental espera que o número de invasões diminua. E um grande aliado da prefeitura é a própria população que tem comunicado as invasões à Sema. 

A denúncia pode ser feita pelo telefone 0800 – 647 – 1320. A ligação é gratuita.


FONTE: Rondoniagora